sexta-feira, 1 de maio de 2015

Dia do Guerreiro



1 de maio é o Dia do Trabalhador, data que tem origem a primeira manifestação de 500 mil trabalhadores nas ruas de Chicago, e numa greve geral em todos os Estados Unidos, em 1886. Três anos depois, em 1891, o Congresso Operário Internacional convocou, em França, uma manifestação anual, em homenagem às lutas sindicais de Chicago. A primeira acabou com 10 mortos, em consequência da intervenção policial. São os factos históricos que transformaram 1 de maio no Dia do Trabalhador. Até 1886, os trabalhadores jamais pensaram exigir seus direitos, apenas trabalhavam.

No dia 23 de Abril de 1919, o Senado francês ratificou as 8 horas de trabalho e proclamou o dia 1º de maio como feriado, e um anos depois a Rússia fez o mesmo.

No Brasil é costume os governos anunciarem o aumento anual do salário mínimo no dia 1 de maio.
No calendário litúrgico celebra-se a memória de São José Operário por tratar-se do santo padroeiro dos trabalhadores.

Em Portugal, os trabalhadores assinalaram o 1.º de Maio logo em 1890, o primeiro ano da sua realização internacional. Mas as ações do Dia do Trabalhador limitavam-se inicialmente a alguns piqueniques de confraternização, com discursos pelo meio, e a algumas romagens aos cemitérios em homenagem aos operários e ativistas caídos na luta pelos seus direitos laborais.

Claro que todo este conceito e esta mística já se perdeu e hoje em dia a maior parte das pessoas apenas veem o dia 1 como um feriado para ficar em casa. Não toda a gente pensa assim mas desgraçadamente muita o faz e acha que deveriam haver mais dias de folga e de férias. Claro que todos nós gostamos de férias e de poder descansar e até aqui nada de errado, no entanto a questão muda de rumo quando na realidade as pessoas que exigem mais descanso são muitas vezes as que menos fazem e ai sim temos tema de debate.

Em muitas culturas trabalha se mais que as 40h semanais, em outras menos, no entanto o que conta é a verdadeira produtividade do trabalhador e para tal este tem que possuir as condições necessárias para poder laborar com vontade. Não falo apenas da parte económica pois essa é sem dúvida importante nos dias de hoje, falo mais do ambiente de trabalho, das instalações, da motivação que se pode proporcionar ao trabalhador bem como a estabilidade psicológica. Muitos acham desnecessária essa parte no entanto é crucial para aumentar a produtividade.
Todo o “ruido” que possa surgir apenas serve para criar desmotivação e que a insatisfação apareça e por consequência conflitos entre as diversas hierarquias. Muitas vezes o não receber atempadamente ou o superior querer fazer de nós exemplo apenas serve para que a produtividade decresça e a insatisfação se instale na sua alma.
Enfim, com toda a conjuntura em que estamos e vivemos, o patronato muitas vezes acha que somos descartáveis e que podem prescindir de nós, simplesmente pelo fato que há mais mil a espera para servir de cabeça baixa e por trocos. As pessoas já não são pagas pelas suas habilitações mas sim pelo seu rendimento, e desta forma quanto menor for melhor…

Enfim, a mística perdeu se, poucos são aqueles que possuem amor a “camisola” e que se sentem satisfeitos com o posto que possuem, enquanto isso a única profissão que se mantém na “crista” da onda é ser politico, pois aí nunca se fica desempregado e se ficar, pelo menos recebe pensões infinitas para poder adaptar se de novo a vida em sociedade… Chegamos a isto… O povo que produz é sacrificado, enquanto os pseudo gestores da nação recebem o indevido do pobre trabalhador e fruto do seu suor e das suas lágrimas. A corrupção, os lobbys e outras vicissitudes instaladas fazem que seja o pobre a pagar ao rico.



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