terça-feira, 20 de novembro de 2018

O Mundo de Sempre

Certo dia, um de varios dias dos 365/6 dias que o ano tem, parei e pensei um pouco em como se compõe um dia da nossa vida. Sim um desses trezentos e tal dias que o ano tem. Tirei aquilo que se pode em termos científicos dizer "uma amostra" de um dia de um comum cidadão normal da classe média e eis as minhas conclusões:

Perdemos demasiado tempo com coisas que apesar de serem "obrigatórias" roubam-nos tempo, roubam nos vida, roubam nos existência. Trabalhamos para sobreviver e para de certa forma dar lucro a nossa entidade patronal e ainda para enriquecer o nosso "chefe". Acordamos todos os dias de manhã, fazemos a nossa rotina diária de higiene, vestir, e afins... Para quem tem filhos tratar deles e levá-los para a escola, onde passam horas e horas a fio com "estranhos" a tomarem "conta" deles e a "educarem", deixando-os muitas vezes ao nascer do sol e recolhendo-os ao por do mesmo... enfim... E la iniciamos a nossa primeira batalha do dia... o transito. Aí perdemos imenso tempo da nossa vida num vai-e-vem de desperdício de tempo com a radio ligada e a tentar animar a nossa manhã de combate para chegar a horas ao emprego.

Chegando ao emprego, iniciamos a nossa labor com os mesmos procedimentos, as mesmas rotinas, as mesmas pessoas e fazendo sempre as mesmas coisas. Passamos a maior parte da nossa vida no emprego... 9h minimo por dia. sim passamos mais tempo com os "colegas de trabalho" de que muitas vezes com a família. Almoçamos com maior frequência com eles, conversamos mais com eles, desabafamos com eles... Enfim...

Repetimos este procedimentos 5 dias por semana... e tudo para poder ter rendimento, para poder "viver", para poder pagar as contas ao fim do mês... Para poder ter qualidade de vida.

No fundo vendemos barato o nosso bem mais precioso nesta vida... O TEMPO.

O Tempo é algo que não controlamos mas que nos controla a nos. O Tempo não para. O Tempo é dono e senhor das nossas vidas e a cada dia, a cada hora, a cada minuto ou segundo ele nos tira algo que jamais iremos ter de volta.

Falo da infância, falo da adolescência, falo da maturidade e da velhice. Desde o dia que nascemos o nosso tempo começa a contar, o nosso corpo começa a mudar, a nossa vida começa a avançar...

A questão é... Aproveitamos bem o nosso tempo? Vivemos o tempo que temos da forma adequada? Ou simplesmente esbanjamos de forma inconsciente o tempo que temos sem ter noção das repercussões que isso trás a nossa existência.

Estivemos o que gostariamos com a familia? Vimos os nossos filhos crescer? Demos conta das mudanças do nosso corpo? Festejamos as coisas alegres e choramos as coisas tristes?

Vivemos num tempo de rapidez, as coisas passam muito depressa e não damos conta... Envelhecemos de forma rápida e sem qualidade de vida ou sem noção do que está a nossa volta.

Nada voltará a ser como era... não mais voltaremos a ver o que passou... O Tempo... Sim o Tempo domina tudo e todos, cria modifica e finda tudo... O tempo leva-nos as pessoas que gostamos, os nossos Pais, on nossos Avós...

Será que é esta a razão da nossa existência ? Será que trabalhando chegamos a algum lado? Obviamente sem trabalhar a lado nenhum chegaremos, mas... Será que fazemos o que realmente foi destinado para nós ou apenas fazemos algo como forma de resignação e pelo facto de precisarmos desse rendimento ao fim do mês, no entanto vamos perdendo anos de vida em prol das necessidades.

Será que a vida tem que ser assim triste? Destinada a alegria e sucesso apenas de alguns enquanto os outros trabalham para esses iluminados que pagam os nossos salários...

Não existem respostas conclusivas, apenas que devemos tentar seguir sonhando e lutar pelos nossos sonhos. Devemos "perder" mais tempo com quem realmente importa e PARAR um pouco para pensar.

Quando chegar a nossa hora... Será tarde de mais... E aí as pessoas que ficam dirão: "Ele era muito boa pessoa, coitado, não merecia ter vivido assim" ou "Ele tinha tantos sonhos por realizar e nunca os conseguiu concretizar..."

Que herança deixaremos aos nossos filhos se apenas se limitarem a replicar o que já fazemos? Eles merecem mais e melhor do que tivemos e para isso há que prepara-los para serem melhores e terem melhor.

O mundo.... Esse não para e continuará sempre a ser o Mundo de Sempre






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sábado, 17 de novembro de 2018

Uma Historia de Natal...


A minha vida começou como em qualquer outra situação na qual um homem e uma mulher o fazem. Surgiu fruto de amor e de paixão, surgiu porque houve uma simbiose de sensações e sentimentos. Tudo isto se concretizou no meu nascimento.

Desde pequeno sempre fui especial, sempre fui diferente, sempre fui… enfim o tal. Era o primeiro para minha avó apesar de não ser seu primeiro neto, mas para ela… era seu mais que tudo.

Dos meus primeiros natais eu não me lembro, mas lembro me que eram especiais, que eram diferentes.

Venho de uma família que tem várias divergências em quase tudo e por quase nada, no entanto, quando chega o mês de novembro… Parece… Sim parece que as tréguas iniciam e que o machado de guerra é guardado ou “escondido” de forma a poder parecer uma família “normal”, mas… Qual a família que o é…

Chegando dezembro inicia se a corrida as compras para a ceia, as compras dos preparativos, sempre omitindo a origem das “prendas” e criando aquela bela ilusão do Pai Natal. Sim aquele senhor de longas barbas brancas e cabelo branco e comprido. Sim aquele velhote simpático que vem do Polo Norte no seu fato encarnado e no seu trenó com renas.

Toda a criança que acredita e todo o adulto que acreditou se deliciou sempre com esta personagem que nos fazia sonhar e vibrar, sorrir e fazer com que nos o nosso comportamento seja “bom” para poder ser contemplados com “prendas”.

A inocência e a delicia que era esperar por este ser até tarde e não conseguir acompanhar a pedalada e cair no mundo dos sonhos… Para acordar no dia seguinte e correr desesperadamente para perto da árvore e… sentir uma explosão de sensações únicas para qualquer criança de ver as embalagens de prendas aos pés da árvore. Nesse momento deixamos de pensar em quem as colocou lá mas sim em desfrutar com aquele monte de coisas que nos foi oferecida.

O desembrulhar… O rasgar o papel… O vibrar e sentir de tudo o que nesse momento acontece é algo único, algo especial, algo que fará sempre parte do meu passado e do meu presente. Poder partilhar isto com os meus filhos é a minha prenda de natal de hoje, vê-los vibrar como eu vibrei, ver como vivem aquilo de forma intensa, isso vale mais que as prendas de natal. Passar essa tradição e ver um sorriso estampado nos seus rostos, faz parte do sonho de ser Pai e de ter filhos.

Nesta altura… Sim nesta altura tudo se esquece, nem que seja por um mês, tudo se perdoa nem que seja por uns dias.

É o mês dos sonhos, é o mês pelo qual esperamos um ano inteiro… É NATAL!!!
Manter viva esta tradição é algo que é necessário para o Mundo e para a esperança de bondade do planeta. Para poder ter um futuro risonho. Estar em Família e conviver com a Família em harmonia e com alegria é o meu sonho de Natal.






sexta-feira, 27 de abril de 2018

LIFE

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So … What is life? What does life really means… Why do we live, why are we here? What is our purpose in this path called life?

We call our self-humans and we believe we are a higher species and on top of everything and all other species, but… Do we really know what we are?

We are born in a fragile way and we need care and protection since day 0 (zero) we need support, if we are so superior… why do other species do not need this kind of “handling” in such a tender age?

As we grow we take the values and educations from our elder and we become teenagers, we deal with several different emotions and we learn the meaning of been in love and caring for someone else besides ourselves. We study and learn how to live in society and then after some years we create our own concept of family, at the end we grow in to older people and at the bottom… a whole six feet underground is our final destination.

This is the regular path of a “good” life, putting aside money and fame and other stuff like real state, cars, bikes and material stuff.

But on regular life… rich or poor there is an equation that nobody usually counts, it is disease… In a modern’s world is not understandable how the pharmaceutical industry still believe that we need virus and diseases and other things and that this is the root for their profit. So for them to have jobs and money, they must be bad thing in the world and they cannot be cured in a fast way because if not they will lose money. They have to sell the cure slowly and making people pay “the price” for that.

This is the world we live in, a world of interests a world were life has lost the real meaning and we live to work and to win money to survive, a world when   you really think you are doing all good and then… lightning strikes and… you wake up for the reality.

Life is so fragile, life is so short, life is so hard and intense, sometimes… life is so sad.

Happiness are moments in that life, moments that on the start you take as special, but as time passes by you turn them in something granted and they lose meaning. Only when you have  sad and hard moments you appreciate again those moments, but then you still forgot them yet again.

So… Do we really search happiness? What is the point of searching happiness if we do not value happiness and we shooed… Do we prefer sadness and tears? Do we need those to value happiness and nevertheless we do not value it as needed?  

Life passes by and we take no action to improve our life… each second, each minute, each hour, each day that passes is time we will never catch back and it is gone.

And if life is unfair with us we can… have a sudden situation when our life ends and… that’s it.. We are gone and all we did will stay for the living and the living will cry for us and after some months, years all will go on.

Take a couple of minutes in your life each day and think about this, think that been with your family and talk with them, play with them, enjoy them and your quality life will improve, and the moments of happiness will be more valued and all will be better.

“Nothing is created, nothing is destroyed, and everything is transformed”

domingo, 11 de março de 2018

Ultima Oportunidade ou Renascer no Mundo Laboral


Todo ser Humano nasce… Todo ser Humano tem ambições… Todo ser Humano quer ter sucesso e crescer, evoluir obter mais responsabilidades e com elas mais sucesso e mais dinheiro e reconhecimento.

Entramos no mercado de trabalho mais tarde que há uns seculos no entanto as exigências do mercado de trabalho cada vez mais aumentam e muitas vezes sem objetivos S.M.A.R.T (inteligentes).
Começam por pedir pessoas novas, no entanto com anos de experiência… Pedem pessoas com idiomas nativos e trilingues as vezes, no entanto a remuneração afeta a essas características é abaixo da média. Pedem pessoas com licenciatura, mestrado, doutoramento, no entanto os valores mais uma vez não correspondem, na maior parte dos casos, as skills dessas pessoas.

Afinal o que conta para as empresas?

Vejamos:

Idade – Será que é mesmo pela idade que muitas empresas querem pegar quando apenas querem pessoas “novas” ou estagiários? Será pelo facto de não possuírem “muletas” e “vícios” que muitas vezes os mais velhos são postos de lado em detrimento de pessoas mais novas e menos experientes?

CV: Pessoas com um Cv notável e com experiencia na área a qual se candidatam as vezes “assustam” as empresas pois as mesmas não contactam por achar que o vencimento desejado será elevado e não pretendem contratar alguém nessas condições quando podem ter duas pessoas com um CV abaixo da média e por um custo residual.

Boatos: Sim esses fruto de antigos colegas ou chefias que por terem tido uma experiência menos positiva e saíram da atual empresa, acabam por “minar” pessoas previamente marcadas na empresa anterior para as mesmas caso desejem migrar de empresa sejam barradas a porta.

Habilitações Literárias: Para além do canudo “obrigatório” mas ao mesmo tempo sinonimo de “tabu” existem os idiomas. Bem no que respeita ao canudo, o obrigatório vem fruto das exigências da sociedade que em vez de produzir pessoas diferentes, no que respeita a profissões, acaba por criar sempre mais do mesmo, sejam doutores ou engenheiros  e o mercado satura com tanta gente ao ponto que estes “doutores” acabam por aceitar trabalhos menores por valores abaixo da media… resultado… o mercado fica revirado pois pessoas com menores competências não vão encontrar trabalho se existir um “doutor” para a mesma função e mesmo que este não tenha experiência.

O facto de existir excesso de mão de obra deturpa o mercado de trabalho pois havendo pessoas desesperadas que aceitam qualquer valor para desempenhar uma função, estão a viciar os sistema, dizendo lhe que há pessoas dispostas a ganhar menos por uma função que antes era bem remunerada.

Os idiomas são outro estigma, querem pessoas que falem idiomas de nacionalidade local e tem que ser nativo e com inglês fluente… Mais Inglês a falar espanhol ou mesmo trilingues que falem Italiano, Espanhol e inglês.

Hora bem se falo mais que um idioma e tendo em conta que uma pessoa fala de forma adequada e fluente o idioma deve sem margem de dúvida ser alguém valido e adequado e que deve possuir uma remuneração adequada as suas competências. Isto indiferentemente se possui ou não licenciatura, mestrado ou doutoramento.

Enfim… Mercado de trabalho… Se somos novos é porque somos novos e por essa razão os salários são baixos… Se temos o que é preciso… ou somos excelentes ou temos sorte “C” e recebemos adequadamente ou vamos parar ao mercado mais baixo em que excedemos as competências mas o vencimento não reflecte tal.

Por ultimo somos “maiores” e já não servimos pois a empresa quer criar uma equipa jovem e com ambição…

Considero que muitas vezes as pessoas não mudam de emprego por medo de sair da zona de segurança, medo de recomeçar e arriscar. Desta forma resignam se a sua situação de efetivo e sua ambição fica no esquecimento, preferindo ter algo como garantido que perder a grande.

É assim que se controla o trabalhador e o mercado de trabalho. É assim que se desmotiva e se torna alguém excepcional um “trapo”. É assim que se perdem bons profissionais.

Os caprichos das empresas com modas e afins, ignoram os bons trabalhadores, aqueles que vão vestir a camisola e suar pela empresa, apesar de velho, novo, doutor ou não.

Todos temos direito a “vender “ a nossa imagem e o nosso profissionalismo e todos mas TODOS temos direito a uma oportunidade.