sábado, 21 de outubro de 2017

Bajuladores e a Arte de Engraxar

O que é um bajulador? O que define um bajulador? Porque existe um bajulador?
Vivemos numa sociedade que evoluiu em diversas áreas e de diversas formas e em algumas dessas “áreas” deu origem aos bajuladores.

Bajulador não é mais do que o comum “graxista” aquele que apesar de não concordar com 99% das decisões tomadas pelo chefe diz sempre que sim; aquele que mesmo sendo o que menos trabalha esta sempre do lado do chefe; aquele que se distingue por elogiar de forma constante e ilimitada e mesmo descarada o chefe mesmo quando este não tem razão ou até discorda do que foi feito.

Enfim…

Ser que é pouco profissional e até medíocre, ser que não colabora em equipa e tenta boicotar as equipas homólogas no sentido de obter distinção e notoriedade com a desgraça alheia. Individuo que apenas existe para ter projeção e não produção e em regra não tem características de líder mas sim de ovelha ou marioneta, seguidora do rebanho liderado pelo chefe.

Muitas pessoas certamente já tiveram “experiências” com graxistas e de uma forma ou outra aprenderam as formas de evitar conviver ou aprender a jogar o “jogo” de forma a evitar seguir tal tendência.

Mas como surgem e porque existem estes seres? Quem promove a existência deles no local de trabalho?

Bem, estes seres existem fruto de estratégias e conveniências por parte de chefes ( e não lideres) como forma de promover um domínio ou mesmo uma extensão do seu poder para com os outros colaboradores. Sim porque este ser não passa a ser mais que um peão do chefe que o usa para obter informação, que o usa como infiltrado para saber e espalhar informação pertinente e agir com estratégias pré concebidas contra ac
ções de revolta ou negativas.

A troco o chefe passa a mão pelo lombo do seu lacaio e este sente se “remunerado” por ser o menino lindo do chefe e desta forma o ciclo fecha com mais miminhos do bajulador para o chefe.

Os bajuladores não são mais que servos, cujas principais características são:
- Elogiar, sem motivos;
- Fomentar rumores e produzir intrigas;
- Servir de bufo ou informante;
- Defender seu chefe de forma indiscriminada;
- Busca constante de privilégios e benefícios ( horário, aumentos);
- Manipular os outros e ser manipulado pelo chefe.

No entanto a sua maior contribuição aos caos é criar um campo de distorção da realidade, basicamente criar diferentes alternativas para a mesma situação de forma a jogar com emoções e expectativas e poder agir consoante a sua necessidade. Criar um caos gerido por ele de forma mais ou menos controlada.

O que podemos dizer no fundo é que numa equipa todos produzem de uma forma geral e prova disso são os resultados apresentados pelas equipas e pela EQUIPA. No entanto aqueles que não produzem, precisam, de alguma forma, de apresentar resultados para poder sobreviver. É desta forma que os bajuladores entram em acção, no sentido de que apesar de nada fazerem estão presentes para apoiar o chefe nas decisões importantes e polémicas e desta forma serem “desculpados” do que não foi feito.

Mas… qual o problema em termos operacionais disto?

Bem, decisões de carácter técnico produzem resultados técnicos, decisões políticas produzem resultados políticos… resultados de alguém que não produz não finda em nada…

Cria se assim uma distorção da realidade, pois da à entender que aquele que nada faz em termos operacionais é o que mais benesse recebe em troco de facultar ilimitada bajulação ao seu chefe e tendo dele retorno aqueles extras que quem produz não tem.

Esta realidade alternativa acaba por criar uma transfiguração de como deveria ser e deixa o chefe cego, sendo este incapaz de diferenciar produção de bajulação.

Os chefes têm que se tornar lideres e desta forma livrar-se de bajuladores e serem eles próprios a pegar nas rédeas das equipas e ser capaz de atingir o cerne das coisas de forma útil, pratica e a favor de todos. A bajulação só ocorre porque existe a permissão do chefe e é dever dele por fim a isto de forma a existir equidade.

Quem bajula procura benefícios. Lideres que se dignem e trabalhem em prol do mérito, não toleram bajuladores. Isto além da questão ética e laboral. Até porque em regra um bajulador joga em benefício próprio e nunca se sabe com o que se pode contar desse ser.


Quem promove estes comportamentos, mais cedo ou mais tarde acabará por cair e ser exposto perante tudo e todos e as suas deficiências serviram de exemplo para melhoramento da produtividade.





sábado, 7 de outubro de 2017

Ciclos De Uma Vida

Desde o dia em que nascemos, começamos a envelhecer, a crescer, a preparar o nosso ser, a nossa vida para o futuro violento que se avizinha.

Passamos pela infância, onde como crianças, vivemos de forma despreocupada, aprendemos a sociabilizar e a criar bases, aprendemos a ter bases de valores e regras para aplicar no  presente e no futuro.

Segue o período da adolescência, onde as hormonas chamam por nós, onde o nosso corpo sofre alterações e evoluções, onde os nossos sentimentos se tornam instáveis e temos que aprender a controlar a nossa mente e o nosso coração. É ou deve ser o período em que os maiores desgostos surgem, em que a ansiedade domina a nossa forma de ser e de estar, altura de picos, de altos e de baixos, de teorias existenciais nas quais achamos que todo o mundo esta contra nós e ninguém gosta de nós. Período em se define o nosso futuro, onde os mais fortes emocionalmente se superam e tomam um caminho, período onde os mais irregulares caminham em sentido oposto. Qual o adequado?? Ninguém pode dizer. A vida são momentos.

Passamos a idade adulta, ao pico da maturidade intelectual e física, aqui e depois de muitos anos de estudos e de passar mais tempo na escoa, faculdade, entramos (ou não) no mercado de trabalho. Ai vem uma luta diferente, uma luta para ter um emprego, um salário, estabilidade(???) Onde iniciamos a nossa vida de contribuinte, de consumidor, de despesas, de contas, onde tudo se começa a tornar mais difícil para alguns que por opções passadas não vingaram para nesta altura ser "patrão" e não empregado, para ter um rendimento mais elevado da média, para poder ter e viver uma vida desafogada ou mesmo de luxos, em detrimento ao que trabalham de sol a sol para poder "sobreviver" as sanguessugas das contas e despesas.

Nesta altura da nossa vida temos que ver a vida como ciclos dentro de ciclos. A vida em si já é um ciclo que finda com a morte, no entanto no mundo laboral, há que saber jogar o jogo, há que saber como mexer-se e como vender sua imagem. No mundo laboral há que ir sempre a procura da empresa ideal, do momento certo para  passar da empresa A para a B e como mais valia. Temos que saber jogar o jogo e fazer com que a empresa onde estamos sinta necessidade de nós e de nos manter nas suas fileiras, temos que fazer a empresa que desejamos ver que somos de valor e temos as qualificações necessárias e que o nosso potencial ainda não foi atingido.

No entanto, isto tudo ocorre na teoria, pois na realidade para a maior parte senão todas as empresas, apenas somos números, mesmo que digam "as pessoas primeiro" na realidade o negocio é a essência de tudo e sem o negocio, não existiria empresa e sem empresa não haveriam empregos. No entanto a falácia perdura, simplesmente porque nós (empregados) somos o que faz a empresa ter lucro, ganhar dividendos e poder existir. Esse poder não é explorado da forma correcta, apenas porque há excesso de mão-de-obra e isto faz com que exista sempre forma de pagar menos e ter que trabalhar mais, mesmo que sejas o melhor e que fales idiomas.

Lei máxima das empresas: Ter mais por menos. Mesmo que essa pessoa vista a camisola e dê tudo por essa marca, por essa entidade. Quando a "empresa" não quer... Não terás. Mas se precisarem de ti serás contactado, convidado a assumir seja o que for sem necessidade de concurso, testes de aptidão, entrevistas e demais burocracias. Querer é poder.

No fim de cada mês chegamos a nossa conta e o que interessa no fundo é ter o vencimento para poder sobreviver mais um mês...

E passam os anos, passa a vida, passa a existência. Tudo o que começou com o nascimento, torna-se a rotina da vida... a rotina da luta e do marasmo do trabalho.

Passamos mais horas da nossa vida com pessoas estranhas, do que com os que mais gostamos, passamos o dia a trabalhar em vez de usufruir daquilo que é o mais valioso na vida... o TEMPO.

Vendemos o nosso tempo de forma barata e desafogada, sem noção que aquele dia, aquela hora, aquele minuto ou mesmo segundo jamais voltará. Perdemos algumas vezes momento únicos em família que não se repetirão. Perdemos nascimentos, alegrias, tristezas, o crescer dos nossos filhos, os primeiros passos... até a morte chegar e aí... olhamos para atrás e vemos como o tempo voa e a forma fútil que gastamos esse TEMPO.

Dinheiro trás bens materiais essenciais para viver neste mundo capitalista, no entanto sem tempo... o dinheiro de nada vale... sem tempo... não haveria existência.

A reflexão final será sempre: "será que gastamos o nosso tempo da melhor forma possível?"

Devemos viver os dias de forma intensa de forma a poder usufruir do tempo e não cair na rotina dos ciclos de forma monótona.

Quando no fim do tempo chegar, nessa altura poderemos então fazer a ultima avaliação sobre o tempo e perguntar nos se fizemos o que queríamos desta vida e se a vivemos pelas nossas regras ou pelas regras de outrem.

Live and let Die



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