sexta-feira, 27 de março de 2015

Aprender Com o Passado

Falar de desgraça e apenas de desgraça, não é o melhor conceito para termos uma vida saudável. Com o passar dos anos, o nosso pessimismo tem vindo a aumentar a sensação de insegurança também. Afinal para onde vamos e onde estamos e acima de tudo... o que MUDOU?

Há uma década atrás, nos tempos dos nossos pais e dos nossos avós vivia se de forma pacata com segurança, com respeito, com trabalho e amizade, com pão na mesa e a alegria da família. Onde andam esses valores? Esses conceitos? Essa mentalidade? Tempos em que podíamos deixar as portas da nossa casa abertas e ninguém la entrava, tempos em que os nossos filhos podiam brincar na rua e ninguém lhes fazia mal algum... Velhos tempos ouvi eu dizer...

Ainda mais estranho (ou não) foi ouvir pessoas maiores falarem dos tempos de Salazar e que nesse tempo a qualidade de vida era outra. Fiquei espantado e questionei se essa não era uma época negra na qual se vivia oprimido e sem liberdade. A resposta foi imediata: “menino, nessa altura havia pão e havia trabalho para todos, ninguém sofria ou passava fome, e sabe mais uma coisa... agora temos excesso de liberdade e muita falta de respeito”. Desta forma concluo eu que o excesso de liberdade acabou por deturpar e conspurcar a nossa vida da pior forma possível.

Alias na minha opinião e certamente será muito polémica, mas apelo a que leiam até ao fim, nas sociedades ditatoriais e apesar da privação da liberdade ( e tendo em conta o conceito de liberdade) a sociedade era mais organizada, mais estruturada, mais seria, mais trabalhadora e mais unida. Se formos pelos números podemos mesmo chegar a conclusão que em termos económicos foram os melhores períodos da Europa. Parece que a sociedade não se sabe comportar com o excesso de liberdade que tem e usa e abusa de uma forma ilegítima e pondo em causa valores importantes dos nossos antepassados. Eles lutaram para nos dar esta “liberdade” e vejam o que fizemos com ela...

Terá valido a pena? Será que merecemos tanta “liberdade”? Estamos numa espiral decrescente para ir diretos ao fundo do poço e nada fazemos para mudar isso. A nossa postura acomodada e a nossa falta de ambição leva a que a questão seja ainda mais grave. Já o velho ditado diz... Apenas sentimos falta das pessoas ou das coisas quando as perdemos...

Teremos que perder a nossa liberdade para realmente dar lhe o valor que ela merece? Será assim tão difícil aprender a ser educados, corretos, assertivos, trabalhadores, aplicados, enfim um cidadão a moda antiga. Praguejar, criticar, insultar, desrespeitar, agredir... Vivemos um período negro e temos que acordar antes que percamos algo que nos foi dado de bandeja... LIBERDADE!!!

Não esquecer o passado e aprende com ele para não cometer os erros de novo. Ter uma mente aberta e saber respeitar o espaço alheio, saber respeitar os professores, as autoridades e as entidades e assim poder exigir o mesmo a elas. Dar o exemplo e não esperar que seja o outro a dar o primeiro passo. Abrir os olhos e ser capaz de pensar por nós próprios e decidir o nosso caminho e destino.

Até quando? 

 

terça-feira, 17 de março de 2015

Mundo de Animais

O ser Humano praticamente desde que existe teve necessidade de se aliar aos animais para certas situações, essa necessidade é fruto da vontade de sobreviver e da capacidade de juntar forças por um fim comum. Ainda hoje em algumas partes do globo os animais são tratados como familia, o exemplo é dos esquimós nos polos, onde o cão é um elemento essencial para a família e é um membro dela sendo estimado, mimado e cuidado constantemente. Vejamos ainda os egípcios que tinham uma adoração pelos gatos e pelas propriedades que estes possuem. Vejam os cavalos na América do norte e a sua importância para os índios.

No fundo a sociedade tem evoluído sempre com a companhia de estes seres que para muitos de nada servem mas para mim e para outros são essenciais para obter harmonia e alegria de um lar. Tudo depende do ponto de vista, mas uma coisa é certa, eles são seres vivos e merecem o nosso respeito e dedicação. Eles também são habitantes deste planeta e ocupam um lugar nele como nós também e devemos viver em harmonia de forma respeitosa pois estamos no mesmo “barco”.

A cada ano, mês, dia que passa parece que em certas coisas o ser “humano” regride em atitudes e comportamentos que deveriam ser intrínsecos e claros, e cada vez mais vemos como as pessoas descarregam as suas frustrações nos seres mais fracos e de formas cruéis e desumanas. Acho que no fundo nunca paramos para pensar antes de agir e depois de fazer os erros sentimos nos culpados, mas ao mesmo tempo serve de vacina para quando repetir, sentirmos menos culpa e por ai em diante até o “animal”... sermos nos.

Enfim... Não podemos gostar todos do mesmo, mas quando não gostamos, devemos respeitar os gostos dos outros e a forma como eles escolhem seguir a sua vida, neste caso falo do Simba e do acontecimento desumano em Idanha-a-Nova. Palavras para que? Sinceramente acho que a pessoas que não deveriam ter o direito a liberdade nem o direito a vida, simplesmente por não saberem respeitar os outros. Vivemos em sociedade e supostamente uma sociedade civilizada onde possuímos o privilegio da voz e da palavra para poder comunicar e chegar a um entendimento de forma racional, no entanto, a seres que teimam em regredir aos primórdios e se transformar em símios ou pior em seres irracionais.

Matar sem remorso não é a solução , muito menos para animais indefesos que jamais fizeram mal ou tiveram comportamentos inadequados. De lembrar uma coisa, os nossos animais, apesar de serem animais, são o reflexo puro da nossa imagem e as ações e atitudes que têm são fruto da educação facultada a eles. Se formos agressivos, violentos, nervosos, o nosso animal também o será. No fundo é desta forma que aparecem os animais “violentos”. Nenhum animal nasce violento, nem com tendências agressivas. Está tudo na educação e se o povo não sabe educar os seus filhos... quanto mais animais.

Antes de oferecer, adotar ou... comprar um animal, pense se possui as condições Psicológicas para o ter e se possui o perfil adequado para poder ter um ser vivo a sua conta. Cada pessoa é como é e cada animal também. Abandonar é um ato de cobardia, um animal não é um brinquedo, não é uma moda, não é um capricho. É uma responsabilidade que assumimos.

Faço um ultimo apelo as pessoas, para esta Páscoa não consumirem cordeiro. Pensem nisto, pensem no ser de que estamos a falar, pensem que ele não tem culpa das nossas crenças ou tendências. O cordeiro não vai tirar o pecado do mundo e ninguém tem piedade dele.

Pensar antes de Agir. 


terça-feira, 10 de março de 2015

Sedentarismo Vs Comodismo


Tempos modernos em que vivemos, tempos em que com um click ou com um gesto mínimo conseguimos obter quase tudo o que desejamos sem ter que deixar a comodidade da nossa poltrona ou do nosso cadeirão. Desde comida, as compras, items, serviços diversos de todos os tipos... Enfim tudo passou a ser possível graças as novas modernices. Independentemente se é com o smartphone, tablet, computador ou telefone tudo está ao nosso alcance de forma rápida e sem transtornos ou incómodos.

No entanto nunca ninguém se questionou sobre o preço a pagar por estas modernices. Sim porque isto tem custos e são mais altos do que pensamos.

Em primeiro deixamos de ser tão ativos como éramos ou como os nossos antepassados eram, deixamos de nos deslocar a pé para fazer determinadas ações e passamos a agir em função do comodismo e da facilidade. Agora vamos a todo lado de carro ou transporte, desde que não se possa entregar em casa.

Em segundo e uma causa direta disso tem a ver com a nossa fisionomia e em consequência com o nosso aspeto físico passamos de um ser “caçador” dos primórdios da nossa existência em que tínhamos que fazermos a luta pela sobrevivência, a uma postura passiva de relax e “que venha a nos” tudo o que precisamos sem nos mexermos. Logo ganhamos peso e com isso colocamos a nossa saúde em risco. Não só pelo que ingerimos mas também pela nossa forma de estar e de viver.

Em terceiro, o fato de estar sempre sentado, que não é uma posição natural, prejudica e muito o nosso corpo. Sentado temos as pernas dobradas e o peso assenta na nossa bacia e nesse sentido isso tem um impacto na circulação sanguínea. Pelo que pesquisei podemos dizer que quem passa demasiado tempo sentado tem maior risco de criar coagulos sanguíneos devido a pressão nas nossas e artérias. Bem como criar problemas de coluna devido a uma postura ergonómica incorreta.

Resumindo, parece que não aprendemos com o passado, e este não serve apenas para criticar, mas sim para aprender. Seja na educação e na saúde. Com tanta tecnologia e com tanta inovação acabamos por ganhar maus hábitos e perder os bons hábitos dos nossos avós e pais. E certamente não é apenas indo ao ginásio que todos os nossos problemas vão desaparecer. Pensar é essencial para poder sobreviver e ter a possibilidade de ter um futuro.

Quantas horas seriam capazes de passar sem tecnologia? Falo de tv, telemóveis,computadores, telefones, micro ondas, enfim...

Quantas horas andam, caminham, passeiam, por dia?

Quantas refeições sem carne fazem?

Pequenos detalhes fazem da nossa vida grandes diferenças.

 #ocirculoquadradono facebook




terça-feira, 3 de março de 2015

Políticos, Democracia, Corrupção, Povo

Somos o produto da sociedade, nascemos, crescemos e moldamos nos a conceitos que nem sempre aceitamos, mas tomamos como validos devido a serem assumidos pela sociedade. As vezes até podemos não concordar com eles, mas o facto de achar que as pessoas que nos rodeiam os aceitam, leva nos a aceita los contra a nossa vontade.

Enfim, é desta maneira que as pessoas vão sendo formatadas, vão sendo limadas e afinadas para haver sempre mais do mesmo, isto porquê em modelo que dá lucro não se mexe. Se a nossa sociedade já assume que os políticos têm mais direitos que o povo, e que esta por cima de deveres e obrigações, pois bem a sociedade foi formatada com sucesso. Desculpas esfarrapadas servem para tapar o sol com a “peneira”. O povo parece resignado a sua posição e apenas se lembra de fazer algo em conversas de café ou colocando mensagem nas redes sociais ou ainda comentando em sites noticiosos, muitas vezes demonstrando o seu nível cultural pela negativa e utilizando palavreado improprio. Mas na boca das urnas, volta a votar nos mesmos.

Mais um caso com o nosso PM, mais um caso que ira cair no esquecimento e considerado “aceitável” apesar do mediatismo imputado. Mas basta fazer o raciocínio, se o comum mortal tiver algum tipo de dividas com o estado e em concreto com a segurança social, esse “desgraçado” vê prontamente a sua caixa de correio cheia de notificações, depois os seus bens penhorados e o seu ordenado congelado. Mas há filhos e enteados... Se tiverem as “costas” quentes e conseguirem usar a esperteza de alguns, arranja forma de ludibriar o estado e fazer com que as coisas “desapareçam” e posteriormente prescrevam.

Já no que se refere a gestores CEO de grandes empresas, com grande poder e com grande controlo da estrutura e da organização de empresa que gere, dizer que “desconhece”, “nunca ouviu”, “ não tinha conhecimento”, Não participou” é um atestado de incompetência que se auto atribui pois não existe outra designação para tamanha demagogia. Tendo em conta o seu ordenado e os seus prémios, desconhecer o que era assinado, acordado, negociado, ou dialogado deveria ser do seu conhecimento, ou será que era mais um “testa de ferro” que servia apenas interesses terceiros?

Depois de tudo o que tem acontecido e de tudo o que ainda acontece em que o povo é taxado, usado, abusado, a saúde esta de rastos com pessoas abandonadas em macas e a morrer, a educação esta num ponto que... enfim, os professores são humilhados e forçados a seguir regras sem sentido. A minha pergunta será sempre a mesma... Até quando?

Haverá um novo 25 de Abril? Vejam o modelo Grego, seja para bem ou não algo se faz de forma diferente, pode não ser a “nossa” solução mas serve de semente para fazer algo no futuro. Agir, pensar, fazer. Independentemente da cor partidária, sejam de esquerda, centro ou direita, o que é necessário é ter pessoas Honestas (dentro do possível) e capazes de fazer a diferença, que vistam a camisola e saiam a luta sem pensar no lucro mas pensando que poderiam ser imortalizados nos livros de Historia como aqueles que salvaram o País e fizeram a diferença. Será que isso não é estimulo suficiente???

Acreditem ou não nas minhas palavras, concordem ou não com o meu discurso, somos descartáveis para o estado por sermos muitos e por muitos fazerem o trabalho de poucos por metade do preço. Chegou a mão de obra Low Cost...

Satiric illustrations by john-holcrof