Hoje em dia vivemos num mundo em que
laborar é uma obrigação. Velhos os tempos em que se conseguia
trabalhar por gosto ou por prazer e não pela exigência e obrigação
de pagar contas e de cerca de 80% do orçamento mensal das famílias
ser para pagar contas.
Verdade que a sociedade com o passar
dos anos se tornou mais capitalista e mais consumista, verdade que a
sociedade caminha para um endividamento continuo e alucinante, mas de
quem é a culpa? Será do povo? Será do governo? Será das empresas
que facultam produtos aliciantes e levam as pessoas a desejar mais do
que podem ter? Está é sem duvida a questão mais famosa do mundo
atual. Comprar porque precisamos ou por que nos aliciam a ter
necessidades alem do que precisamos?
Poupar é uma palavra considerada
jurássica para muitas famílias, pois chegam ao fim do mês e mal
possuem rendimento para sobreviver, logo aí começa a bola de neve.
A inflação aumenta... O custo de vida aumenta... Os impostos
aumentam... Só o ordenado não aumenta e quando o faz, é de forma
tímida e micro microscopia.
Desta forma as famílias não podem
procurar empregos que se adeguem aos perfis que possuem, a
escolaridade que adquiriram, as competências que têm. Assim, são
“obrigados” face ao contexto a aceitar qualquer coisa que possa
ajudar a resolver as questões económicas e poder respirar apenas
com o nariz de fora da água por mais um mês.
Será que este é o caminho? Ter a
“obrigação” de aceitar “qualquer” coisa para poder
subsistir? Um médico trabalhando de cantoneiro... Um advogado
trabalhando de administrativo.... Um informático trabalhando de
caixa de supermercado... Até onde é que as competências e aptidões
dos nossos trabalhadores estão a ser menosprezadas e inferiorizadas?
Desta forma apenas estamos a regredir e
a resignar nos a realidade que temos... só os espertos vencem, pois
os inteligentes são ofuscados por compadrio e por “tachos”
obscuros para facilitar a vida de uns que muitas vezes nem possuem
competências e aptidões para os cargos outorgados.
O trabalho tornou se uma escravidão
paga com trocos, onde nos temos que sujeitar a isso ou nada sem poder
de decisão, pois as bocas da família são a prioridade para
sustentar e viver. Raros são os trabalhadores de faixas etárias
mais jovens que fazem o que gostam ou aquilo para o qual investiram
nos estudos e competências. Rara é a felicidade de um
trabalhador...
Desta forma o País não produz o que
devia pois a mão de obra não estimulada e satisfeita não é capaz
de dar seu máximo. Pior ainda quando a desmotivação aumenta se
comparar o seu rendimento com o de gente que menos faz e mais ganha e
ainda pior quando os políticos agravam o desespero das famílias e
ganham os rios de dinheiro que ganham com subsídios obscuros e
prémios duvidosos.
Político deveria receber como jogar de
futebol na seleção, apenas prémios sempre que fazem algo bem e
nada quando fazem tudo mal. Isto para além de deverem ser
responsabilizados penal mente quando a mã gestão é da sua inteira
responsabilidade.
Mas a vida continua...
Não se abstenham de votar, mas votem
com consciência que é necessário mudar e não esconder nos.
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