Passamos pela infância, onde como crianças, vivemos de forma despreocupada, aprendemos a sociabilizar e a criar bases, aprendemos a ter bases de valores e regras para aplicar no presente e no futuro.
Segue o período da adolescência, onde as hormonas chamam por nós, onde o nosso corpo sofre alterações e evoluções, onde os nossos sentimentos se tornam instáveis e temos que aprender a controlar a nossa mente e o nosso coração. É ou deve ser o período em que os maiores desgostos surgem, em que a ansiedade domina a nossa forma de ser e de estar, altura de picos, de altos e de baixos, de teorias existenciais nas quais achamos que todo o mundo esta contra nós e ninguém gosta de nós. Período em se define o nosso futuro, onde os mais fortes emocionalmente se superam e tomam um caminho, período onde os mais irregulares caminham em sentido oposto. Qual o adequado?? Ninguém pode dizer. A vida são momentos.
Passamos a idade adulta, ao pico da maturidade intelectual e física, aqui e depois de muitos anos de estudos e de passar mais tempo na escoa, faculdade, entramos (ou não) no mercado de trabalho. Ai vem uma luta diferente, uma luta para ter um emprego, um salário, estabilidade(???) Onde iniciamos a nossa vida de contribuinte, de consumidor, de despesas, de contas, onde tudo se começa a tornar mais difícil para alguns que por opções passadas não vingaram para nesta altura ser "patrão" e não empregado, para ter um rendimento mais elevado da média, para poder ter e viver uma vida desafogada ou mesmo de luxos, em detrimento ao que trabalham de sol a sol para poder "sobreviver" as sanguessugas das contas e despesas.
Nesta altura da nossa vida temos que ver a vida como ciclos dentro de ciclos. A vida em si já é um ciclo que finda com a morte, no entanto no mundo laboral, há que saber jogar o jogo, há que saber como mexer-se e como vender sua imagem. No mundo laboral há que ir sempre a procura da empresa ideal, do momento certo para passar da empresa A para a B e como mais valia. Temos que saber jogar o jogo e fazer com que a empresa onde estamos sinta necessidade de nós e de nos manter nas suas fileiras, temos que fazer a empresa que desejamos ver que somos de valor e temos as qualificações necessárias e que o nosso potencial ainda não foi atingido.
No entanto, isto tudo ocorre na teoria, pois na realidade para a maior parte senão todas as empresas, apenas somos números, mesmo que digam "as pessoas primeiro" na realidade o negocio é a essência de tudo e sem o negocio, não existiria empresa e sem empresa não haveriam empregos. No entanto a falácia perdura, simplesmente porque nós (empregados) somos o que faz a empresa ter lucro, ganhar dividendos e poder existir. Esse poder não é explorado da forma correcta, apenas porque há excesso de mão-de-obra e isto faz com que exista sempre forma de pagar menos e ter que trabalhar mais, mesmo que sejas o melhor e que fales idiomas.
Lei máxima das empresas: Ter mais por menos. Mesmo que essa pessoa vista a camisola e dê tudo por essa marca, por essa entidade. Quando a "empresa" não quer... Não terás. Mas se precisarem de ti serás contactado, convidado a assumir seja o que for sem necessidade de concurso, testes de aptidão, entrevistas e demais burocracias. Querer é poder.
No fim de cada mês chegamos a nossa conta e o que interessa no fundo é ter o vencimento para poder sobreviver mais um mês...
E passam os anos, passa a vida, passa a existência. Tudo o que começou com o nascimento, torna-se a rotina da vida... a rotina da luta e do marasmo do trabalho.
Passamos mais horas da nossa vida com pessoas estranhas, do que com os que mais gostamos, passamos o dia a trabalhar em vez de usufruir daquilo que é o mais valioso na vida... o TEMPO.
Vendemos o nosso tempo de forma barata e desafogada, sem noção que aquele dia, aquela hora, aquele minuto ou mesmo segundo jamais voltará. Perdemos algumas vezes momento únicos em família que não se repetirão. Perdemos nascimentos, alegrias, tristezas, o crescer dos nossos filhos, os primeiros passos... até a morte chegar e aí... olhamos para atrás e vemos como o tempo voa e a forma fútil que gastamos esse TEMPO.
Dinheiro trás bens materiais essenciais para viver neste mundo capitalista, no entanto sem tempo... o dinheiro de nada vale... sem tempo... não haveria existência.
A reflexão final será sempre: "será que gastamos o nosso tempo da melhor forma possível?"
Devemos viver os dias de forma intensa de forma a poder usufruir do tempo e não cair na rotina dos ciclos de forma monótona.
Quando no fim do tempo chegar, nessa altura poderemos então fazer a ultima avaliação sobre o tempo e perguntar nos se fizemos o que queríamos desta vida e se a vivemos pelas nossas regras ou pelas regras de outrem.
Live and let Die
Sem comentários:
Enviar um comentário