O sistema
sensorial é a parte do sistema nervoso responsável pelo
processamento de informações sensoriais. O Sistema sensorial
consiste nos recetores sensoriais, nos neurónios aferentes, e nas
partes do cérebro envolvidas no processamento da informação. Os
sentidos são os meios através dos quais os seres vivos percebem e
reconhecem outros organismos e as características do meio ambiente
em que se encontram -- em outras palavras, são as traduções do
mundo físico para a mente. Os mais conhecidos são cinco: a visão,
a audição, o tato, o paladar e o olfato, mas é consenso na
comunidade científica que os seres humanos possuem muito mais. Não
há, porém, acordo na quantidade , pois isso depende da definição
não muito sólida do que constitui um sentido.
Mas até que ponto podemos confiar
nestes “sentidos” serão eles validos para a nossa interpretação
do que chamamos “real”. Será que com os olhos observamos o que
devemos ou apenas o que o nosso cérebro descodifica e sendo assim
cada um tem uma perspetiva diferente do que vê? Será a visão
falível? Ou mesmo alternativa a cada ser vivo... O que eu vejo será
o mesmo que o que tu vês?
Audição, sentido que é usado para
ouvir e detetar sons e ruídos, este é de grande importância pelo
facto de nos alertar aos perigos eminentes que nos rodeiam e nos
informar para poder reagir. Tal como a visão, será que cada um ouve
o mesmo? Se possuímos gostos musicais diferentes, poderá ser mais
uma vez o nosso cérebro a selecionar o que é “agradável” do
que não o é?
O tato, sentido essencial para pessoas
que não possuem visão. Através deste sentido ganhamos a capacidade
de definir, detetar, sentir, dar forma a objetos, pessoas e seres
vivos. Com este sentido desenvolvido as capacidades da pessoa crescem
ao ponto de poder ler com os dedos e aprender mil e uma formas de
sobreviver na selva da sociedade.
Paladar e olfato, estes dois tinham que
ficar juntos, pois existe registo de que usamos o nariz para comer,
sim pois antes de ingerirmos os alimentos estes passam pelo nariz e
detetam se o que estamos a ingerir é bom ou não ou se esta em
condições de ser consumido. Comer sem “cheirar” poderia causar
graves intoxicações ou doenças.
Enfim todas estas descrições para
chegar a uma pergunta: Serão os nossos sentidos dignos da nossa
confiança? Será que toda a informação que nos facultam é
realmente verdadeira e valida?
Temos varias teorias mas aquela que
mais me desperta interesse é a Alegoria da Caverna de Platão, esta
diz que ao imaginarmos uma caverna subterrânea onde, desde a
infância, geração após geração, seres humanos eram
aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal
modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar
apenas para frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem
para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior
ali penetre, de modo que se possa, na semi obscuridade, olhar o que
se passa no interior. A luz que ali entra provém de uma imensa e
alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros – no exterior,
portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida
um muro, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetas.
Ao longo desse muro/palco, homens transportam estatuetas de todo
tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Até
que ponto nos não observamos “sombras” fruto do que olhamos nas
televisões e nos programas de entretenimento. Até que ponto
consideramos verdade e puro o que nos atiram a vista e será que
somos capazes de filtrar o real e verdadeiro do que é
sensacionalista e adulterado. Estaremos a ver sombras? Será que
somos capazes de olhar para a verdade sem ficar cegos pela mesma?
Estará a nossa mente a ficar “acomodada” a uma realidade sem
sequer a questionar e tentar saber mais?
A
preguiça é inimiga do conhecimento e do saber. Torna nos mais
irracionais e mais agressivos, desperta em nós instintos primitivos
e animalescos e ao mesmo tempo torna nos “domesticáveis” para os
interesses da sociedade. Povo ignorante e sem interesse pelo
conhecimento e pela verdade sujeita se melhor ao que lhe é imposto e
não questiona o porque das coisas acontecerem.
Por
isso devemos sempre procurar varias versões da mesma verdade e
depois tirar as nossas próprias conclusões. Exercitar a nossa mente
e nosso cérebro de forma a poder escolher o que acharmos que é
melhor para nós. Podermos escolher o nosso destino. A mente é o
melhor dos sentidos pois no fim é na mente que todos os sentidos se
integram e é na mente que se tiram as conclusões finais.
Sempre FORA da CASCA
em
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