A paixão, o amor, o enamoramento, a conquista, o flirt, o
noivado, o casamento… Tudo isto faz parte da mente de muitas pessoas que
pretendem criar uma família, criar alicerces para algo duradouro e de futuro,
mas até que ponto estávamos, estamos e estaremos preparados para tal união,
partilha, aceitação?
Quando somos novos todos nos apaixonamos e namoramos e até
achamos que o nosso primeiro namorado é aquela pessoa que procurávamos e que
eternamente estará connosco… Quanto estamos certos? Quanto estamos errados?
Tudo não são mais que ilusões e teorias da nossa mente que esta vidrada na
nossa suposta alma gémea e iludida com tantas emoções.
Seremos assim tão ingénuos? Sim, ingénuos ao ponto de achar
que logo a primeira pessoa pela qual nos apaixonamos é a perfeita param nós e
ficaremos unidos para sempre… enfim… As relações baseiam se em convivência, em
relacionamentos, em troca de sentimentos, em discussões, em debates, em
alegrias e em tristezas, apenas desta forma podemos ter minimamente ideia se a
nossa personalidade se encaixa na da outra pessoa e poder então pensar em avançar
com algo… Mesmo assim é com os anos e com as experiências que vamos conhecendo
um pouco melhor essa pessoa, mas sempre sem a conhecer por completo.
Há também aqueles e aquelas que se iludem e apesar de
existirem defeitos na sua cara-metade acham sempre que é possível alterar essas
atitudes, esses vícios, essa personalidade. Esta atitude parte sempre parte de
um ato de teimosia e de egoísmo, e digo isto simplesmente porque essa pessoa
teimou em que a outra deveria ser par dela e por esse facto vai tentar mudar a
sua forma de ser em seu benefício, isto é, para que encaixe no seu modelo de “perfeição”.
Para esta “fórmula” existem duas saídas possíveis, a pessoa ser submissa e
aceitar a alteração a qual será forçada e vivendo sobre o condicionamento
constante e privação do outro, ou aos poucos tornar se uma bomba relógio que a
qualquer momento poderá rebentar seja com violência ou com atitudes menos
adequadas. Enfim… As relações são uniões em que ambas as partes devem ceder e “limar”
arestas no sentido de existir um encaixe justo e positivo, sem necessidade de
imposições, sujeições ou privações.
As pessoas não mudam, apenas se adaptam, e a sua real
natureza nunca deve ser oprimida ou negada sobre pena da queda ser cada vez
maior e o sofrimento ser terrível. Em tempos de constantes violência domestica,
em tempos de crise, em tempos críticos, o pior vem sempre ao de sim e muita
gente acaba por se revelar, para o espanto de muitos. A besta adormecida acaba
sempre por acordar e por tornar todos os nossos sonhos de infância num
verdadeiro pesadelo que deixará marcas até ao fim dos nossos dias.
Faz-te respeitar, mas respeita e não só a pessoa mas o seu
ser e o seu espaço. Ninguém muda, nem tu és ninguém para mudar outra pessoa,
pois certamente nunca aceitarias que te mudassem a ti…
Para pensar…
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