Esta expressão-símbolo do liberalismo económico, na versão mais pura de capitalismo é o que define a nossa sociedade de hoje no sentido mais retorcido que se possa imaginar.
Senão vejamos, temos um governo no qual impera o tráfico de influências e de certa forma certas promiscuidades injustificadas a todos os níveis. Temos o exemplo do BPN, das PPP, dos "favores" e favoritismos da empresa x em deterimento da empresa y, temos o BES e o novo banco e neste campo os famosos submarinos, estes que pelos vistos ainda fizeram lucrar um certo banqueiro de "renome" e mais alguns elementos do governo.
Estes são apenas alguns exemplos da nossa realidade, sim nossa, porque somos todos nós os "culpados" de diversas formas. Seja por não votar, seja por não reagir, seja por não estarmos informados, seja porque dá muito trabalho e demora muito. Estamos sempre à espera que seja outro a fazer, que seja outro a ter a atitude e desbravar o terreno, aí sim entramos, aproveitamos os trilhos e vamos exigir.
Será esta a atitude correta?
O comodismo impera e mais uma vez se aplica a frase..."deixai fazer, deixai ir, deixai passar" mas... até quando?
A nossa sociedade está cada vez mais a regredir e a degradar se, a tornar se "terceiro mundista" e a envolver se em corrupção, demagogia, promiscuidades... e o povo cala e acha normal.
Todo o ser humano tem o raciocíonio errado, em primeiro por achar que as coisas más apenas acontecem aos outros e nunca a eles, em segundo porque pensam que se o mau não acontecer no seu tempo médio de vida... já não interessa, os outros que resolvam. É neste dualismo que vivemos e nesta forma de pensar que avançamos para o futuro, impávidos, acomodados e sem vontade.
Vejam o que tínhamos, vejam o que temos e vejam o que irá sobrar e pensem se valeu a pena...
Serviço Nacional de Saúde... Falido, ainda iremos perder os privilegios que temos e seremos escravos das seguradoras como acontece nos E.U.A, sim num País em que para ser tratado num hospital é necessário ter seguro ou ter posses para pagar a conta, correndo pena de nem sequer ser atendido. Isto enquanto todos nós pagamos o hospital privado aos nossos governantes e suas familias!
Gostaria de saber qual dos membros da Assembleia da República vai a um hospital público ou quantas vezes foi e ainda quanto tempo esperou...
Sistema de Segurança Social... Falido, andamos a contribuir com taxas e sobretaxas para pagar as pensões milionárias de individuos que nem sabem quem somos e o que somos, andamos a alimentar um elefante branco que cresce a olhos vistos.
Gostaria de saber se o PM (e a situação agora exposta da Tecnoforma) fez descontos para a segurança social... ou se algum membro do governo apresenta as contas paralelas que possui e faz os respetivos descontos... Se fosse o pobre mortal, pagaria à força e com juros sem direito a piedade.
Sistema Nacional de Educação... Falido e uma vergonha, quando eu frequentei o preparatório e o secundário, o respeito sobre o professor era uma máxima e nunca se pôs em causa. Professor era a pessoa que ensinava e que me iria dar ferramentes para poder criar as bases ao meu futuro, abrir me os olhos para as oportunidades e oferecer me a possibilidade de evoluir.
Hoje... professor é um mero ser que pena nas aulas, sem possibilidade de reação por ter as mãos atadas, alvo de faltas de respeito seja dos alunos, seja dos pais, alvo de agressões... será que mudamos assim tanto?
Isto para não falar do escrutínio indecente e demagógico com que se faz a selecção no concurso nacional de professores, para além dos favoritismos obscuros de certas escolas e dirctores...e ainda das mentiras chapadas do ministro!
Velhos os tempos em que se vivia de forma calma, em que o indice de criminalidade era quase nulo, em que as pessoas podiam deixar as portas destrancadas. Portugal era considerado um paraiso para se viver, para se ter familia, para se ser cidadão. Mas a ganância de outros fez que esse estado de espirito mudasse e que o fosso entre os pobres e ricos aumentasse e criasse uma bola de neve infinita.
PAREM e per
guntem se... o que eramos.... o que somos e... o que seremos.
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