Todo ser Humano nasce… Todo ser Humano tem ambições… Todo
ser Humano quer ter sucesso e crescer, evoluir obter mais responsabilidades e
com elas mais sucesso e mais dinheiro e reconhecimento.
Entramos no mercado de trabalho mais tarde que há uns
seculos no entanto as exigências do mercado de trabalho cada vez mais aumentam
e muitas vezes sem objetivos S.M.A.R.T (inteligentes).
Começam por pedir pessoas novas, no entanto com anos de experiência…
Pedem pessoas com idiomas nativos e trilingues as vezes, no entanto a
remuneração afeta a essas características é abaixo da média. Pedem pessoas com
licenciatura, mestrado, doutoramento, no entanto os valores mais uma vez não
correspondem, na maior parte dos casos, as skills dessas pessoas.
Afinal o que conta para as empresas?
Vejamos:
Idade – Será que é mesmo pela idade que muitas empresas
querem pegar quando apenas querem pessoas “novas” ou estagiários? Será pelo
facto de não possuírem “muletas” e “vícios” que muitas vezes os mais velhos são postos de lado
em detrimento de pessoas mais novas e menos experientes?
CV: Pessoas com um Cv notável e com experiencia na área a
qual se candidatam as vezes “assustam” as empresas pois as mesmas não contactam
por achar que o vencimento desejado será elevado e não pretendem contratar
alguém nessas condições quando podem ter duas pessoas com um CV abaixo da média
e por um custo residual.
Boatos: Sim esses fruto de antigos colegas ou chefias que
por terem tido uma experiência menos positiva e saíram da atual empresa, acabam
por “minar” pessoas previamente marcadas na empresa anterior para as mesmas
caso desejem migrar de empresa sejam barradas a porta.
Habilitações Literárias: Para além do canudo “obrigatório”
mas ao mesmo tempo sinonimo de “tabu” existem os idiomas. Bem no que respeita
ao canudo, o obrigatório vem fruto das exigências da sociedade que em vez de
produzir pessoas diferentes, no que respeita a profissões, acaba por criar
sempre mais do mesmo, sejam doutores ou engenheiros e o mercado satura com tanta gente ao ponto
que estes “doutores” acabam por aceitar trabalhos menores por valores abaixo da
media… resultado… o mercado fica revirado pois pessoas com menores competências
não vão encontrar trabalho se existir um “doutor” para a mesma função e mesmo
que este não tenha experiência.
O facto de existir excesso de mão de obra deturpa o mercado
de trabalho pois havendo pessoas desesperadas que aceitam qualquer valor para
desempenhar uma função, estão a viciar os sistema, dizendo lhe que há pessoas
dispostas a ganhar menos por uma função que antes era bem remunerada.
Os idiomas são outro estigma, querem pessoas que falem
idiomas de nacionalidade local e tem que ser nativo e com inglês fluente… Mais
Inglês a falar espanhol ou mesmo trilingues que falem Italiano, Espanhol e
inglês.
Hora bem se falo mais que um idioma e tendo em conta que uma
pessoa fala de forma adequada e fluente o idioma deve sem margem de dúvida ser
alguém valido e adequado e que deve possuir uma remuneração adequada as suas competências.
Isto indiferentemente se possui ou não licenciatura, mestrado ou doutoramento.
Enfim… Mercado de trabalho… Se somos novos é porque somos
novos e por essa razão os salários são baixos… Se temos o que é preciso… ou
somos excelentes ou temos sorte “C” e recebemos adequadamente ou vamos parar ao
mercado mais baixo em que excedemos as competências mas o vencimento não reflecte
tal.
Por ultimo somos “maiores” e já não servimos pois a empresa
quer criar uma equipa jovem e com ambição…
Considero que muitas vezes as pessoas não mudam de emprego
por medo de sair da zona de segurança, medo de recomeçar e arriscar. Desta
forma resignam se a sua situação de efetivo e sua ambição fica no esquecimento,
preferindo ter algo como garantido que perder a grande.
É assim que se controla o trabalhador e o mercado de
trabalho. É assim que se desmotiva e se torna alguém excepcional um “trapo”. É
assim que se perdem bons profissionais.
Os caprichos das empresas com modas e afins, ignoram os bons
trabalhadores, aqueles que vão vestir a camisola e suar pela empresa, apesar de
velho, novo, doutor ou não.
Todos temos direito a “vender “ a nossa imagem e o nosso
profissionalismo e todos mas TODOS temos direito a uma oportunidade.