segunda-feira, 16 de outubro de 2023

FUTEBOL - FORMAÇÃO VS ALTO RENDIMENTO

 Ainda ha uns dias atrás vi um comentário num site de procura e oferta de treinadores em que uma pessoa perguntava como podia fazer para fazer parte do mundo do futebol como treinador. As respostas foram varias mas encontrei uma bastante peculiar que no fundo reflete o que é ser treinador, eis a transcrição:

"

Estás preparado para deixares a tua família para estares com os filhos dos outros?

Estás preparado para dormir menos para chegares 1h15m ao campo antes do jogo? 

Estás preparado para dar boleia aos miúdos para os jogos e talvez treinos? 

Estás preparado para apanhar chuva? 

Estás preparado para chegares tarde a casa e jantar sozinho? 

Estás preparado para ouvir os treinadores de bancada que sabem sempre mais que tu?

Estás preparado para teres um juiz que pode ditar o teu jogo com a marcação de um pênalti que estraga todo o teu trabalho semanal? 

Estás preparado para rir divertir e sentir-se realizado nos fim dos jogos e treinos festejar golos efusivamente como se tivesses ganho a Champions????

"

No entanto continuamos sem ser entendidos pelos encarregados de educação no que respeita aos principios e aos valores de fazer parte de uma equipa.

Falo de pessoas sem noção do que custa o curso de treinador, do que significa ser treinador, das coisas que se abdicam como treinador e sobre tudo na dificuldade de gerir atletas e suas espectativas, seus sonhos e ilusões. Sonhos esses que muitas vezes nem são deles mas sim dos pais deles que tentam projetar o que não conseguiram em novos nos filhos e querem a força fazer deles vedetas sem igual.

Eu sou treinador, treinei sub11, sub 12, sub 14 e agora sub 17 e posso garantir que todos os escalões são completamente diferente de gerir, pois os miudos são mais regilas e querem mais brincadeira e muitas vezes atenção e miminho do treinador, os sub 14 complicados pois acham se todos super vedetas e gostam de mostrar serviço levando comportamentos e atitudes ao limite e sendo extremamente complicado gerir e aos mais velhos que já sabem o que querem e como querem e estão dispostos a fazer o possivél e muitas vezes mais para melhorar e evoluir.

Aqui faço uma pausa para criar uma diferenciação. Apesar de ser sempre formação e de estarem sempre em evolução ha que saber dividir as coisas entre formação e alto rendimento em que a formação vai até aos Sub 15 e o alto rendimento começa aos 16. Com isto dizer que a maturidade e a maturação de cada atleta é variavél no entanto é neste periodo de Sub 17 que se consegue aplicar uma panoplia de exercicios, estrategias e metodologias que servem mais para afinar e fazer o atleta evoluir mais do que propriamente ensinar lhe algo "novo".

Voltando ao assunto, o unico fator comum a estes escalões todos são os encarregados de educação... Sempre prontos de "faca" na mão para apontar TUDO o que se faz de bem ou mal, prontos para criticar TUDO e todos em prol de interesses pessoais, chegando a faltar o respeito ao treinador e transmitindo conceitos errados aos filhos que depois aplicam nos treinos e no grupo.

Seja porque A joga muito, seja porque B joga pouco, seja porque C é o capitão porque é filho de X e dava jeito, seja porque ganhamos, mas jogamos mal, seja porque perdemos e o treinador não vale nada... Seja porque o meu filho tem que jogar mais... Encontrei pais que cromometraram ao longo da epoca os minutos que o filho jogou para reclamar com a direção... Achavam que o treinador favorece uns em deterimento de outros.

Mas... acham mesmo isso? Acham que um ser humano tira o curso de treinador gastando dinheiro e tempo, sacrificando familia e fins de semana para isso? Acham que o treinador tem gosto em manter os jogadores no banco? Acham que o treinador so olha para os resultados?

Perguntem a equipa o que querem, jogar bem e ganhar ou jogar obrigatoriamente todos sempre e perder?

Nesta idade Sub 17 a vitoria é algo diferente de quando se é miudo. Eles sentem de forma diferente eles ambicionam coisas diferentes, senão não sairiam do clube para outro a procura de ganhar ou ser melhor. Há ganhar por gosto e por ambição e para crescer e há o ganhar a qualquer custo e preço e isso é algo que muitos encarregados de educação não entendem. Acham que se praticam injustiças por não colocar o seu filho a jogar quando não percebem que cada jogo é um jogo e cada jogo tem uma historia diferente e nem sempre A, B ou C possuem o perfil para aquele momento de jogo, para aquele jogo. acham que por haver 5 substituições e 3 momentos para as fazer que temos que esgota-las sempre porque sim.

Falamos de um clube e não de uma equipa de bairro, falamos de objetivos e não de jogar por jogar, falamos de ambição e não ter gosto em perder.

Ser treinador é isto? levar com treinadores de bancada? levar com bitaites? pensarem de forma individual e não no que é melhor para a equipa? Até onde vai o egoismo?

Mais custa quando pegas numa equipa e ao fim de 1 mês e meio olhas para o que eram e para como estão e começas a ver frutos. Custa porque esses frutos só tu e o clube os conseguem ver e muitos encarregados de educação não... porque não querem ou porque não interessa... E aqui sai aquela frase que nenhum encarregado de educação gosta de ouvir que é: Seu filho paga para treinar e não para jogar. Esta frase é sempre mal interpretada por todos mas o que quer dizer é que o atleta paga para aprender, para evoluir para treinar e repetir até conseguir atingir o objetivo proposto e náo para o lazer de apenas jogar, senão bastava inscrevr a equipa e fazer só um treino e ja esta porque o jogar é outra historia.

Meu treinador não me punha sempre a jogar e no entanto NUNCA tive os meus pais a criticar ou questionar o treinador... Vivemos numa sociedade em que antigamente o "professor/treinador" era o decisor e tinha razão e logica no que fazia para o oposto em que o professor é um nabo meu filho é muito bom e só não tem sucesso porque o "professor/Treinador" não vale nada... Será assim mesmo?


Deixem o treinador treinar, deixem os atletas crescer, divertirse, evoluir, nesta vida ha tempo para tudo.

Ficam as seguintes perguntas em aberto:

Um ou todos?

Ganhar ou  perder?

Crescer ou estagnar?

Apoiar ou criticar?

Unidos ou separados?

Há que saber respeitar para ser respeitado...








segunda-feira, 10 de julho de 2023

The Soccer Coach

 So... Who is this person, this actor? What does the name coach means?

There are different names given by differente people... The names like mentor, guide, teacher by the ones that understand the environment and the context of the role, and they are the ones that think that the coach is an idiot, a stupid person, an incompetent, and some many pretty words that go out...

This second ones are the parents of course, as they like to point, to criticize to judge the coach and to asses his trainnings and ways of work without understanting the context and the "why" of things.

Nobody will ever be happy as the coach is not able to make everybody happy.

Every decision, every blink, every action will always be asses and pointed every time.

This are the parents of young players that are eager to become the future stars of the world, this are the teenagers that want to become the ronaldos and messis of the universe, but because of higher powers (parental guidance) they enter the trainnings already with the wrong mindset as the "parents" what them to achieve what they were not able to achieve when they had their age... They want their kids to grow fast and win rivers of money, without thinking if their kids have the potencial, have the skills and most of all want to do it as they are told.

The role of the coach is to enable good things and make them grow, understant the game and how it should be played without bias, integrating everyone as one team... But the education must come from home... the good examples must come from home as it's the only way to work together for their success.

People (parents) do not get it... but not only parents, some clubs don't get it as they listen to "complaints" about technical things they don´t understand, because they complaint about the minutes their kids played, because they see things nobody else is able to see and go blind in this obcesion.

And the clubs of course... they are eager for money and they don´t want to lose players because of false acusations or complaints, they see only winnnings in this part and the weakeast link will always be the manager or coach that does this "job" almost for peanuts and can be released at any time without any justification... Without feedback... without support as the law of the mob is stronger that the will.

At this age is not about results...the work of the coach is to manage egos from kidsm from parents, from boards and try to have some harmonie if posible between parts to achieve some success.

But that most of the times is a mission impossible.

And the effort, dedication, will, trust and confidence from the coach is putted on the chopblock ready to be questioned and doubted.

Bounderies and limites at the start of each seasson should be established so the seasson can run with no noise and no doubts and goals should be agreed so that only at the end we can review and asses what was done, always with respect.

This is just a game to learn and to be happy but the dreams and expectations not accurate enough to be able to have a clear view of what the reality is.



 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Futebol... Mais que um simples Jogo



Alguém sabe como se compõe a formação de crianças, adolescentes e até adultos num clube de futebol? Alguém sabe os processos e todas as variáveis que existem no meio desde complexo mundo?

O futebol e formação é composto por encarregados de atletas, equipa técnica, clube e encarregados de educação e nem sempre todos estão em sintonia…

Os atletas, cada atleta é um ser humano diferente apesar de sermos todos Humanos, cada atleta viveu, vive e vivera sempre no seu dia-a-dia momentos e experiencias diferentes seja na rua, na escola, no seio familiar e no clube ou sociedade. Cada atleta assimila as experiencias diárias de forma diferente e interioriza o que acha que é correto para ele, cada criança tem as suas certezas, as suas incertezas e os seus receios cada criança é única e por essa razão há que saber respeitar o seu crescimento e a sua velocidade.

Não serão, não são todos Messis nem Ronaldos… serão o melhor deles mesmos SEMPRE!

Durante os treinos acontecem muitas coisas e um treinador percebe o que vai na mente de cada atleta, quais são os seus sonhos, as suas expectativas, os seus objetivos e as razões para estar naquele meio e todas elas são validas SEMPRE.

Mas nesta estrada de aprendizagem existem diferentes velocidades e infinitas emoções, desde os que já possuem um conjunto de características que os pré dispõem a ter maior facilidade para executar diversas ações e comportamentos de forma mais fácil e rápida, existem também aqueles que precisam de mais tempo e de mais esforço para atingir o mesmo nível.

Já Messi é um atleta mais predisposto a fazer as coisas de forma natural, já Ronaldo é fruto de foco, persistência, treino, personalidade e vontade de ter sucesso.

Desta forma não podemos tratar A da mesma forma que B pois isso implica criar diferenças obvias que vão resultar em separação dos atletas pro grupos e “tribos”, há que saber integrar e defender os que precisam de mais apoio e transmitir lhes mais segurança e confiança.

Este é o trabalho de um treinador em todos os treinos em todos os jogos e é com estas informações que gere o seu grupo nos momentos de jogo e de treino.

Há o jogo certo para lançar o atleta ceto no momento certo de forma a ele ganhar aquela confiança e sentir felicidade a jogar, mas também há aquele momento errado em que lançamos um atleta no momento errado e ao não se sentir seguro e cometer um erro normal o poderá marcar para o próximo jogo ou treino.

Todo o processo é pensado pelo treinador e não é ao azar, os atletas que não entram num determinado jogo não significa que sejam menos ou mais que outros, apenas o contexto envolvente daquela situação não reúne as condições para que isso aconteça.

O atleta percebe isso pois o treinador fala com ele, o atleta aceita isso pois o treinador fala com ele e o atleta agradece isso pois sabe que o seu momento chegará e terá a oportunidade de brilhar e mostrar como joga e jogar sendo FELIZ.

Acreditem no treinador e nas suas opções, não se deve julgar ou apontar sem entender o que se passa na realidade e perceber que o que está a ser feito é em prol do atleta sempre e na sua integração num grupo e numa comunidade de forma a ser “aceite” (pois assim a sociedade o impõe) e poder fazer parte da “matilha” sendo sempre feliz.

Já tive atletas a chorar nos treinos pois eles próprios percebem que possuem um percurso mais longo que os outros e isso os faz ficar desmotivados… porque observam que ainda não possuem as condições para fazer determinados movimentos e ações que outros fazem com mais facilidade, porque ainda não percebem os momentos de jogo certos.

No entanto NUNCA mas NUNCA ficam para atrás, o treinador olhará sempre por eles e fará a sua integração acontecer e que possam brilhar a sua maneira e feitio pois TODOS têm ainda muito para aprender.

Existem momentos para tudo na vida e um jogo de futebol não é o centro do mundo pois haverá imensos jogos para jogar sejam de futebol ou sejam jogos da vida, mas cada um tem a sua velocidade de aprendizagem e o seu momento para brilhar e isso chama se respeitar o atleta, pois é para eles que o treinador lá está independentemente das vitorias ou das derrotas, está lá pelo grupo e será com o grupo que se atingiram os objetivos estipulados que são: aprender, crescer, evoluir e o mais importante ser FELIZ!!!

Para sermos respeitados, temos sempre que respeitar.

 

#ondevaium vaotodos

#contratudoecontratodos

#anossaforçaeanossauniao





terça-feira, 16 de agosto de 2022

A minha Verdade...

Tirei o curso de treinador há 4 anos com o intuito de poder aplicar o meu conhecimento de gestão de equipas no campo e de aplicar toda a minha paixão pelo desporto (futebol) na formação.

A primeira questão que me colocaram foi… como é que alguém da área da comunicação e da programação foi parar em desporto e neste caso como treinador de futebol…

Resposta simples, para além das competências desportivas, eu considero que um treinador da formação deve ter as características de líder, de comunicador, de mentor, de colega e ao mesmo tempo de disciplinador.

Uma das coisas mais complicadas na vida da humanidade é a comunicação clara, objetiva e onde os interlocutores devem saber qual a forma mais clara de passar a mensagem, sem ruido, sem omissão, sem deturpação da mesma.

Ora trabalhando na área da programação, uma das coisas mais complexas que existe é por um programador a tentar explicar algo a um stakeholder ou mesmo ao management que nem sempre possui o know how  de como dizer algo que é complexo por palavras simples.

O meu estágio foi feito em Avintes, mais concretamente no F.C Avintes, onde conheci uma fantástica equipa de U11 e jogamos futebol de 7.

Foi uma equipa complexa pois os desequilíbrios entre os atletas eram gritantes e a falta de organização e de qualidade era complexa de gerir.

A equipa técnica, era constituída por mim e um colega que também estava a fazer estágio mas que já possuía experiencia de treino. Ele sabia muito bem como organizar os treinos e elaborar as unidades de treino no entanto, talvez por ser muito mais novo que eu, pecava na liderança e na forma de gerir os miúdos e por consequência os pais dos mesmos.

Fomos “abandonados” a nossa sorte fazendo dos treinos a nossa rotina, sem feedback, sem aconselhamento, fomos gerindo as coisas e levando uma equipa que na época anterior tinha tido apenas derrotas a lutar por objetivos.

Foi uma época complexa mas fizemos muito melhor que a época passada e conseguimos vitórias construtivas depois de muito trabalho e de muitas batalhas.

Foi o meu primeiro contacto com uma realidade que desconhecia… a estrutura de um clube com as suas qualidades e defeitos… e o “bicho” papão dos encarregados de educação…

No fim a época foi positiva e graças a “nos” conseguimos criar uma base e o começo de uma Equipa, ao meu colega pelo tipo de treino criado e a mim pela gestão dos atletas e dos pais de forma a conseguirmos fazer o nosso trabalho.

Seguiu a época seguinte em que estive perto de 2 meses no Panther Force em Gaia, com uma equipa de U12B no entanto e após falar com um colega de curso consegui um convite para ir para um clube do padrão da legua.

O meu primeiro desafio a “solo” e bem a solo foi… Apesar da grandeza do clube, varias coisas condicionaram a minha equipa, mais uma vez por falhas de comunicação ou melhor pela falta de comunicação.

A equipa foi os U11 A voltando a um escalão de 11 e com uma equipa desafiante em todos os aspetos que se possa imaginar…

Começando por haver equipa A e B e nesse aspeto já existir uma “competição” entre os encarregados de educação sobre esta definição…

Depois por ter atletas com imenso potencial, mas com egos enormes e comportamentos abomináveis (incutidos pelos progenitores), eis um tema que condiciona muito a forma de trabalhar de um treinador pois os atletas já vêm aos treinos com o conceito de vedeta e tentando sempre rebaixar os colegas quando erram de forma a condicionar o treinador e o treino.

Para piorar isto veio o Covid e com ele os campeonatos pararam e os treinos ainda mais condicionados ficaram. Tive que agilizar com a equipa B treinos online para não perder atletas… Não se consegui fazer um trabalho com qualidade e foi desmotivante não conseguir evoluir estes atletas…

 Veio a segunda época e um futebol diferente com 9 jogadores de campo. Este foi um ano decisivo em todos os aspetos para mim e um ano de muita evolução. Perdi 2 atletas fruto de um treinador que decidiu sair e levou meia dúzia com ele do clube… mas ganhei alguns novos atletas com muito potencial.

Época começou bem até o coordenador que iniciou a época ter saído passado 2 meses e ter entrado um sujeito que deixou o clube… levou atletas de qualidade do clube…. E retornou como coordenador quando a coisa correu menos bem…

Aqui começou uma história de como manipular, deturpar, destruir, interferir e condicionar uma equipa que tinha tudo para o sucesso…

A ferro e fogo foi me imposta uma lei marcial, na qual me tiravam atletas para terem treinos em escalões acima sem sequer ser questionado, em que filmavam partes do meu treino, fotografavam partes do meu treino e interagiam com os meus atletas durante o treino o que causava distração…

Começaram a surgir criticas, boatos, rumores, intrigas… mas conseguimos superar a primeira fase do campeonato, chegando a Elite.

Apesar das minas e armadilhas criadas conseguimos ir a Elite… e claro foi feita a tentativa de deturpar o conseguido dizendo que tínhamos ficado numa seria mais fácil e a equipa B numa mais complicada…

Na Elite ficamos em 5 com equipas como SCP, Trofense, FC Porto, Infesta… mas mesmo assim… não estava bem…

A minha avaliação foi 2/5 pois os meus treinos não eram ricos… esqueceu-se de referir que interferia em tudo o que eu fazia e passava mensagens erradas aos encarregados de educação… Interferiu nas minhas convocatórias, ameaçando que se eu não altera-se a mesma teria os dias contados no clube…

Fazia contantes apontamentos ao presidente de situações inventadas, quando uma atleta teve um ataque de asma e ele usou isso para dizer ao presidente que eu deixava a atleta a margem e que não a integrava na equipa… Ação que fez o presidente falar comigo e dizer coisas como “sabemos que é miúda e que as miúdas são mais limitadas…” mas “somos um clube integrador e não esta a agir bem ao deixar a miúda a margem do treino…” fiquei tão atónito que fiquei calado estupefacto a ouvir tamanha injustiça… Valeu me o pai da atleta estar a par da situação…

Isto para não falar de entradas no balneário para me fazer sombra… e os recados que eram enviados ao meu adjunto que apenas serviam para criar mais instabilidade.

Foi uma experiencia que no final (e agora que olho para atrás) me fez crescer e ter uma perspetiva diferente da forma como são geridos os clubes, dos lobbies, das intrigas e a forma podre como os bastidores funcionam.

Ficarei na historia do clube seja pelo cartão branco que recebi e que o clube desconsiderou (considerando o de outro colega), seja por ser a única equipa da academia a ter estado na Elite, seja por ter ajudado na formação de uma equipa e ter evoluído atletas (coisa que o clube não reconheceu), seja por fim por estar no livro do clube numa pagina central em grande plano.

Agora é seguir caminho e olhar para um novo desafio…

Estou quase a findar o nível II e posso dizer que cresci muito e estou a aprender muito, hoje sou melhor treinador que ontem e amanhã serei melhor treinador que hoje.

Estou num clube que acredita em mim, que me deu uma equipa a minha medida e que confia em mim e no projeto que posso ajudar a desenvolver.

Saudade dos “meus” miúdos estará sempre presente mas sei que os meus U14 chegaram ao infinito e mais além pois quando uma estrutura é forte e apoia os seus treinadores tudo se torna mais fácil.

Quanto a mim, espero em breve fazer o meu estágio de nível II e dar mais um passo na minha curta carreira de treinador.

O futuro… esse é construído todos os dias, mas aprendi que para chegar ao céu tens de passar pelo inferno primeiro.

 


#rumoaseleçãoperuanadefutebol


domingo, 13 de dezembro de 2020

United Colors of the World

 
Definição: Racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em perceções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos. Muitas vezes toma a forma de ações sociais, práticas ou crenças, ou sistemas políticos que consideram que diferentes raças devem ser classificadas como inerentemente superiores ou inferiores com base em características, habilidades ou qualidades comuns herdadas. Também pode afirmar que os membros de diferentes raças devem ser tratados de forma distinta

Afinal qual a linha que separa o racismo de uma troca normal de galhardetes entre duas pessoas seja elas da mesma raça, cor, etnia culto, credo… e afins?

Se duas pessoas independentemente da sua morfologia se insultarem é normal.

Se duas pessoas da mesma morfologia se insultarem e maltratarem é normal.

Se duas pessoas de morfologias diferentes se insultarem e maltratarem, chegamos ao ponto de ter que indagar se algum era de cor… e dar razão a esse independentemente de quem iniciou ou qual o tipo de vernáculo trocado.

Se uma pessoa de cor insultar um caucasiano, a sociedade diz: “ele deve ter feito algo para irritar o coitado, aposto que mereceu o insulto (…) Deveria ter vergonha esse branco de mer…”

Se o caucasiano alegar racismo: “ Ele deve ser o racista e agora quer prejudicar o coitado do rapaz de cor” .

Ao ponto que pretendo chegar é:

Não procuramos o cerne das questões pela veracidade e pela realidade e somos logo limitados por questões de índole racial, quando na realidade e independentemente da cor haverá sempre um culpado seja ele quem for e da origem que for. Não deve o facto de ter um tipo de cor de pele ou morfologia servir de desculpa para incriminar outrem que é caucasiano apenas porque “a sociedade” nos limitou a isto.

Exemplo:

Jogo PSG. Alegadamente o arbitro de origem romena proferiu a palavra “negru” ( em romeno) para identificar um treinador adjunto que andava a proferir palavras menos adequadas para o relvado e como não conseguiu no momento lembrar se de mais nada disse a palavra TABU para identificar o dito individuo.

Insurgente e indignado o individuo foi pedir satisfações ao 4 arbitro do porque dele proferir as palavras que proferiu “negru”.

Mas esqueceu-se que antes tinha rotulado o quarteto de arbitragem de “ciganos” por serem da Roménia e ainda de forma educada o arbitro lhe respondeu que sim na Roménia a maioria são ciganos.

Afinal quem é o racista?

Isto para não falar da panóplia de piropos que o arbitro leva de jogadores, adeptos, equipa técnica e afins que lhes chamam de tudo mas aí ninguém se importa se o árbitro é alvo de racismo, insulto, injuria ou o que for.

Questão:

Quantas associações SOS Racismo existem em Africa do Sul onde milhares de caucasianos são mortos a catanada, facada, tiro e afins e são alvos diários de racismo e xenofobia extrema? E em Angola? E em Moçambique?

Porque não se fala dos países Árabes onde os castigos para os caucasianos são pena de morte, tortura e afins e onde uma mulher não pode dar sozinha na rua ou conduzir uma viatura?

Porque na sociedade ocidental se deve permitir o uso de shador e burbka quando em países com estes costumes, não aceitam nem respeitam os nossos costumes?

Porque é que o que o que o caucasiano faz é sempre errado, ele é sempre o vilão, o racista, o xenófobo e quando somos alvo disso 500% mais… nada é feito.

Temos que ser tolerantes com a cultura externa e ser tolerantes por eles não aceitarem a nossa cultura…

Algo esta errado…

Dizer “black guy” está errado mas dizer que “black lifes matter” está certo?

Estamos a entrar num limite de não retorno onde vai-se criar o contrario do que se pretende e o racismo vai proliferar em grande, fruto da raiva e da frustração que as pessoas sentem por nada poder ser dito ou feito.

Sou estrangeiro, fui alvo de piropos por causa das minhas origens e sabem qual foi a melhor maneira de eles pararem com isso? Foi ignorar e as vezes até participarem disso. Como viram que não resultava, tudo acabou.

Obviamente uma coisa são brincadeiras abusivas outra são insultos grosseiros e atitudes agressivas ou violentas. Onde quero chegar é que quanto mais atenção se der as coisas vão piorar.

Há que educar, ensinar e não forçar, obrigar ou privar.

Todas as culturas, sociedades, cultos, foram, são ou serão racistas de forma consciente ou inconsciente. Faz parte do ser Humano.

Há que criar pontes e não aumentar as barreiras.

Um dos meus melhores amigos é da guiné e sempre me chamou de branco de mrda… Fiz queixa dele? Fui a televisão? Fiz um espetáculo?  Não e sabem porque? Porque a amizade é assim e somos amigos desde os 10 anos e já faz 30 anos de amizade, seus filhos chamam me tio sem ser sangue do sangue e eu considero o um irmão e sempre o ajudei e ajudarei.

Deixem de alimentar está situação… Depois será tarde demais.



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

DéSolé


Je suis désolé car dans la vie je n’arrive pas à bien faire ce que j’ai envie.

Je suis désolé car dans la vie je n’arrive pas a rencontré mon destin.

Je suis désolé de pas pouvoir faire ce que j’aimerais faire.

Je suis désolé de ne pas avoir de l’argent pour faire ce que je rêve.

Mes dans ce monde qui est satisfait ? mes vraiment satisfait !!

Personne je pense. Tout le monde à des rêves, tout le monde a le désire de faire quelque chose d’autre de qu’ils font en ce moment.

 Le travail, la société, les réglés, la carrière professionnelle, le chemin qu’on doit suivre parce que… 

Mes vraiment nous ne sachions pas le vrai pourquoi d’avoir l’obligeance de le suivre.

En certain partie de cette route, on laisse d’avoir la possibilité de tournée soi à gauche ou à droite car le chemin na pas ou tournée. Les opportunités ont déjà passé et c’est trop tard pour suivre un autre 
chemin car l’âge ou le profil trop spécifique roule notre destin.

En fin de comptes ont fait les études, on fait de formations, on fait de training on apprend plein de chose pour suivre notre destin dans un entonnoir ou chaque jour, chaque mois and an nous avons moins d’opportunités.

Nous devons suivre notre cœur même si quelque fois ça semble risqué, nous devons aux moins essayé et surtout avalisé. Sans essayé nous ne saurons jamais si nous sommes capables de construire notre royaume et réussir à quitter le troupeau.

Un jour nous allons regarder en arrière et pouvoir voir ce qu’on a construit, les choses que on a pu gagner ou pas dans la vie et aider nos fils à grandir sans crainte d’échouer.

Chaque fois qu’on tombe dans un trou nous prenons un nouvelle lésons de vie.   




domingo, 17 de novembro de 2019

Sociedade

Definição de "sociedade":

É um grupo de indivíduos que formam um sistema semiaberto, no qual a maior parte das iterações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo. Uma sociedade é uma rede de relacionamentos entre pessoas. Uma sociedade é uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada.

Mas... e nós vivemos esta realidade?

Será que no fundo é isto que fazemos? ou é apenas a teoria?

Vejamos, vivemos em micro sociedades "famílias" nas quais mal ou bem por "obrigação" e sem "escolher" a nossa temos que aprender a conviver e a relacionar-nos com ela. Esta parte é aquela que mal ou bem nós não possuímos controlo ou decisão de escolha pois quando nascemos estamos já inseridos nela.

Mas e o resto da sociedade? aquela com os vícios e com as mentiras, aquela que nós tenta moldar valores e impingir acções e comportamentos... essa é uma sociedade real?

A mais de vinte anos éramos melhores ou piores que hoje (como sociedade)?

Há anos que debatemos conceitos, valores, éticas, morais e passamos a ser uma sociedade que esta de algemas cada vez mais apertadas, uma sociedade em que brincar de forma amigável sobre a origem de um amigo nosso é passivo de critica, sociedade em que querer educar os nossos filhos, tal como os nossos pais fizeram connosco e os nossos avós fizeram com os nossos pais é considerado violência, sociedade em somos diariamente "castrados" em atitudes que ram normais e passaram a ser anormais.

Ok tudo com peso e medida isso nem sequer é argumento mas... porque mudamos tanto?

Passamos de um 8 de atitudes em que nascemos em berços não homologados e pintados com titans de chumbo, para florzinhas de estufa que para além de não saberem o que querem, acham que possuem o poder de influenciar massas, através das redes sociais.

OS chamados "influencers" seres com entre 15 e 15 anos que acham que podem criar tendenciais, impor regras, criar modas, conceitos atitudes, comportamentos... e o pior é que esta juventude nascida no milénio acha isto tudo relevante... Deixar se levar por esta ideia que tudo é possível e que a lei deles impera.

Essa pseudo influencia toda se fosse usada para serem bem comportados e educados nas aulas, em casa e na sociedade... em vez de criarem uma sociedade sem cérebro que apenas se lembra de fazer posses ridículas no meio da rua ou na praia ou em sabe se la onde e com beicinho... em que divulgam que estão a comer no instagram ou que estão na casa de banho a fazer as suas necessidades... Essa juventude que põe no Facebook onde estão e com quem a que hora e como fizeram aquilo e o outro... As miúdas a mostrar os seus atributos de forma descarada e sem pudor... os miúdos a fazer figuras tristes e a ridicularizar se em publico...

Mas afinal onde estamos? onde vivemos? para onde vamos?

Mesmo o conceito de racismo esta a chegar ao extremismo em que brincar com amigos é algo radicalizado e marginalizado. 

Mas esta gente se esquece que o racismo tem dois lados? 

Sim porque se um caucasiano ou branco for a um pais como Africa do Sul ou Angola ou Senegal ou o que for, celeremente será tratado como um ser da sociedade, todas as portas irão ser abertas e se procurar emprego será certamente contratado a frente de um local...

Se uma mulher europeia for a um pais árabe e entrar numa mesquita sem tapar a cabeça... se uma mulher conduzir no Qatar sozinha.... Se uma mulher num pais árabe usar mini saia e andar sozinha... o que acham que ira acontecer?

Mas no sentido oposto, nos temos que "tolerar" os seus costumes e aceita-los porque se não... somos os piores seres humanos do universo.

IGUALDADE é para ambos os lados e TOLERÂNCIA também a isso chama se IGUALDADE.

Violência domestica é sem duvida um flagelo da sociedade e algo a punir sem margem de duvida, mas... porque se diz sempre que a culpa é do homem? Será que não há homens humilhados, maltratados e espancados, além de reprimidos e alvo de violência psicológica?
Sim há mais casos conhecidos de um lado... mas são casos "conhecidos" porque o homem tem mais vergonha dizem uns? será? ou será na realidade que a Sociedade considera que um homem victimizado é um fraco e é algo vergonhoso?

Pensem...

Mudanças de sexo...

Hoje em dia falamos de trans género, de homossexualidade, de transformismo.

Eu respeito todas as formas que possam existir de selecção e escolha de género, mas com limites.

Os miúdos desde que nascem até a maioridade não devem ser bombardeados com informação desnecessária e sem sentido de algo que ainda desconhecem, a escolha de cada um deve apenas ser pu poder ser feita com a maioridade em que o desenvolvimento total da massa encefalica nos dá discernimento de poder escolher o que queremos e como o queremos.

A liberdade de escolha tem limites até uma determinada idade e não devemos influenciar seja positivamente ou negativamente uma criança que ainda não tem capacidade de fazer escolhas ou imputabilidade de assumir uma escolha.

Ter casa de banho mista?

Mas... Se tens o aparelho sexual masculino vais a casinha dos meninos. Se tens aparelho sexual feminino, vais a casinha das meninas. Qual a duvida?


Com o virar do século viramos uma pagina da sociedade e mudamos muito... seja tecnologicamente... Seja a nível de mentalidades.

Vivemos na época da repressão de liberdade porque as "florzinhas" ofendidas reivindicam que são vitimas de uma sociedade passada cruel e ignóbil. E qualquer  olhar mais agressivo dá logo um processo por violência psicológica e agressividade. Em que brincar com a origem de um amigo é racista ao ponto de tirarem uma personagem dos SIMPSONS ( Apu o indiano) por criar estereótipos e ser algo racista, cruel e xenófobo.


Acreditem numa coisa... A próxima geração, aquela em que os miúdos agora têm 7/8 anos ira literalmente enrodilhar esta geração de florzinhas e ira ser o oposto por se sentir obrigada a seguir conceitos ridículos e idiotas e voltaremos a ter um ciclo de gerações mais agressivas.

Em vez de seguir o 50/50 tudo é de extremos... Tudo.

Nada se cria... nada se destrói... TUDO se transforma.

Todos somos diferentes, mas no fundo... todos somos iguais.

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